Grupos de Investigação

Investigar é colocar-se em processo contínuo de descoberta!

Os Grupos de Investigação da Sigmund Freud Associação Psicanalítica são espaços de encontro entre sócios com o propósito de explorar e atualizar conhecimento sobre as temáticas propostas a partir da curiosidade e do desejo do grupo.

Luto e melancolia: tessituras entre psicanálise e literatura

Onde a intervenção psicanalítica se propõe a tocar na melancolia?
Em A vergonha, Annie Ernaux sugere um caminho para refletirmos sobre uma forma de abordagem no processo analítico das melancolias. Ao reconhecer o acontecido e construir uma narrativa sobre o trauma, ela também propõe o reencontro com o objeto mortífero. Na escrita, a autora se apropria de uma cena da infância que até então não havia sido possível narrar. O processo de escrita permite que, finalmente, sejam dadas palavras a algo que antes não podia ser conectado ao afeto e à realidade vivida. Essa narrativa cria uma torção no sentido de apreender o que foi vivido, oferecendo uma possibilidade de inscrição e de abertura para um processo de reparação. Partiremos de “A Vergonha” e caminharemos por outras literaturas ao longo do semestre.

Psicanálise & Maternidade: atravessamentos na clínica e na formação psicanalítica

E quando os desejos de se tornar mãe e analista caminham lado a lado? Quais são os desdobramentos na clínica e no percurso da analista? O grupo se debruçará sobre essas e outras questões para explorar a relação entre a maternidade e o fazer analítico.
Fica o convite a todos que tem esses temas como pontos de reflexão em seu ofício a se juntarem ao grupo nesta investigação.

Corpo, desejo e filiação: interlocuções entre a psicanálise e a tecnociência

Os conceitos de corpo, desejo e filiação para a psicanálise e sua relação com a tecnociência no campo da procriação medicamente assistida constitui o tema que nos propomos investigar. Como premissa, sustentamos que a construção de recursos psíquicos pertinentes à singularidade de cada sujeito, no terreno da alteridade, é condição para a realização do desejo de maternidade e paternidade, inclusive nos casos em que se faz necessário o auxílio médico por meio da reprodução assistida. Destaca-se que as possíveis alterações no campo simbólico provocadas pelas constantes inovações e intervenções da tecnociência nas diferentes formas de engendramento da vida necessitam que possamos fazer trabalhar a teoria diante dos desafios clínicos que se apresentam.

Sándor Ferenczi: contribuições à psicanálise contemporânea - Espaço de Leitura Compartilhada

Ao longo do ano de 2024 o Espaço de Leitura Compartilhada se debruçou sobre o estudo de importantes conceitos introduzidos na psicanálise por Sándor Ferenczi. Foram cerca de 20 encontros quinzenais com a participação de 10 sócios da Sigmund Freud Associação Psicanalítica. A partir da leitura prévia do livro “Por que Ferenczi?” de Daniel Kupermann e de textos escolhidos das obras completas de Freud e Ferenczi, este espaço de leitura compartilhada se propôs a discutir as contribuições teóricas e clínicas do psicanalista húngaro para a psicanálise contemporânea.
Para o ano de 2025, o grupo retomará seus encontros quinzenais e dará continuidade aos estudos, em especial dos conceitos de introjeção, neocatarse, análise mútua e empatia, além de acrescentar a leitura proposta por Luis Claudio Figueiredo do entrelaçamento da obra de Freud e Ferenczi em “Palavras Cruzadas entre Freud e Ferenczi” e do Diário Clínico.

Constituição psíquica e patologias graves na infância

Este grupo de investigação se propõe a trabalhar o entrelaçamento entre a constituição psíquica e a psicopatologia na infância a partir das inquietações movimentadas pela clínica. A proposta de trabalho é percorrer caminhos, a partir da contribuição de vários autores, que nos subsidiem e nos proponham aberturas, teóricas e/ou técnicas, para a clínica psicanalítica nos tempos da infância, especialmente frente às psicopatologias graves.