A morte como recurso para o não dito em Memórias Póstumas de Brás Cubas

Por Josiane Borges Soares, Magda Medianeira de Mello.

O presente artigo teórico tem por objetivo percorrer o tema da morte como recurso para o não dito, por parte do protagonista, Brás Cubas, na obra machadiana: Memórias póstumas de Brás Cubas. Esta pesquisa, de cunho exploratório e qualitativo, com aporte teórico-literário e psicanalítico, buscou retratar o tema da morte, através dos interlaços entre a Psicanálise e a Literatura. Os resultados indicam que o fenecimento permitiu ao protagonista um valor simbólico que não obteve em vida e lhe autorizou um discurso em primeira pessoa. Conclui-se que o não dito é interpretado pelo leitor. Este cria, a partir de sua subjetividade, uma obra, aceitando uma linguagem única. Esta não revela algo desintrincado, mas que permite ao sujeito colocar em palavras algo de sua singularidade.

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